quinta-feira, 24 de julho de 2008

É hoje apresetado um dos livros mais polémicos dos últimos tempos


"A VERDADE DA MENTIRA"

DE GONÇALO AMARAL

“Este livro surge da necessidade que senti de repor o meu bom nome que foi enxovalhado na praça pública sem que a instituição a que pertencia há 26 anos, a Polícia Judiciária Portuguesa, tenha permitido que me defendesse ou que o fizesse institucionalmente.

Pedi autorização para falar nesse sentido, pedido ao qual nunca recebi resposta.
Respeitando rigorosamente os regulamentos da Polícia Judiciária, mantive-me em silêncio.

Este, porém, era dilacerante para a minha dignidade.
Mais tarde fui afastado da investigação.

Entendi então, que era a hora de fazer a minha defesa pública.

Para tal, pedi imediatamente a passagem à aposentação de forma a readquirir a plenitude da minha liberdade de expressão.
Este livro tem ainda um propósito maior.
O de contribuir para a descoberta da verdade material e a realização da justiça, na investigação conhecida como “Caso Maddie”.

Estes são valores fundamentais aos quais me obriguei por imperativo de consciência, por convicção e por disciplina à instituição a que tive o orgulho de pertencer.

Estes mesmos valores não se extinguiram com a minha aposentação e continuarão a estar sempre presentes na minha vida.
Em nenhuma circunstância o livro põe em causa o trabalho dos meus colegas da Polícia Judiciária, nem compromete a investigação em curso.

É meu entendimento profundo que a revelação, numa obra deste tipo, de todos os factos, poderia comprometer diligências futuras determinantes para a descoberta da verdade.

Todavia, o leitor encontrará dados que desconhece, interpretações dos factos – sempre à luz do direito – e, naturalmente, interrogações pertinentes.
Uma investigação criminal apenas se compromete com a busca da verdade material.

Não se deve preocupar com o politicamente correcto.”
(Gonçalo Amaral)





Gonçalo de Sousa Amaral nasceu a 2 de Outubro de 1959 na aldeia de Torredeita, perto de Viseu.
Cursou engenharia no ISEL e no IST. Em 1992/1997 cursou, no período nocturno, a Faculdade de Direito de Lisboa, tendo-se licenciado em Ciências Jurídicas e Criminais.
Ingressou na Administração Pública em 1973, com 14 anos.
Em Novembro de 1981 iniciou o curso de formação de agentes da Polícia Judiciária, tendo tomado posse em 1982 como Agente.
Em 1997/1998 frequentou o curso de Subinspectores da PJ, sendo o primeiro classificado entre 100 alunos.
Em 2000/2001 cumpriu o curso de Coordenadores da PJ. Exerceu funções em Lisboa, no Algarve e nos Açores.
Durante anos perseguiu, com eficácia, todo o tipo de criminalidade violenta e organizada: furtos, roubos, homicídios, tráfico de estupefacientes.
Teve uma carreira profissional impoluta, amplamente reconhecida por colegas e superiores
hierárquicos, bem como por magistrados judiciais e do Ministério Público, por funcionários judiciais e advogados, com quem teve o prazer de lidar durante muitos anos.
Tem como máxima que «a justiça se realiza em silêncio».
Foi Coordenador Operacional das investigações do “caso Maddie”, entre 3 de Maio e 2 de Outubro de 2007, tendo nessa ocasião sido afastado da investigação, num acto inédito na história da Polícia Judiciária.

Aposentou-se em 1 Julho de 2008, ao fim de 27 anos de carreira policial, a fim de readquirir a plenitude da sua liberdade de expressão sobre o caso que investigou e de contribuir, na medida do possível, para a descoberta da verdade material e a realização da justiça.
Considera-se um beirão por nascença, lisboeta por migração e algarvio por adopção.
É casado em segundas núpcias e tem 3 filhas.

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