quinta-feira, 1 de maio de 2008

O Vinil volta a usar-se








No tempo do vinil” ouvia-se música

de outra maneira.

Foi “apenas” há 20 anos para muitos de nós: tempo suficiente para discos que marcaram as nossas vidas ou que definiram uma época ficarem esquecidos lá para trás, prisioneiros do vinil que por esta ou aquela razão nunca foram transpostos para as novas tecnologias.


Nos arquivos da Valentim de Carvalho há relíquias desse Tempo do Vinil: clássicos que nunca viram edição em CD, raridades que ganharam com o tempo estatuto de culto.


São esses discos que a colecção Do Tempo do Vinil devolve ao nosso convívio. Em edições digipak que reproduzem fielmente a capa original, com som restaurado para manter vivo o calor do vinil, com depoimentos dos próprios artistas que nos falam do tempo e das circunstâncias em que surgiram estes discos, com temas extra e raridades onde possível.


Em Dezembro de 2007, revelámos os primeiros cinco (GNR, Jorge Palma, Manuela Moura Guedes, Sheiks e Tantra).


Agora, a 5 de Maio, chegam mais quatro álbuns resgatados Do Tempo do Vinil

Quarteto 1111 - “Onde Quando Como Porquê Cantamos Pessoas Vivas”.




Uma raridade cuja edição em CD se aguardava longamente, este é o segundo e último LP do Quarteto 1111, anunciado na capa como “obra-ensaio de José Cid e Quarteto 1111”.


Editado em LP em 1975, num momento em que o grupo já praticamente não existia, e desde então nunca reeditado em nenhum formato, “Onde Quando Como Porquê Cantamos Pessoas Vivas” é composto por uma única longa peça de 30 minutos composta por José Cid.


Nesta sua primeira edição em CD, o disco surge acompanhado por depoimentos de José Cid, e de dois outros integrantes do grupo nessa altura, Mike Sergeant e Vítor Mamede, recolhidos pelo jornalista António Pires.




Quinteto Académico - “Train – Integral 1966-1968”.



O Quinteto Académico existiu entre 1961 e 1969 e foi uma autêntica “escola” de músicos portugueses e estrangeiros — pelas suas incontáveis formações passou gente como Mário Assis Ferreira, Pedro Osório, Mike Sergeant ou Jean Sarbib. “Train” é o primeiro CD do grupo, incluindo a totalidade das gravações realizadas para a Valentim de Carvalho entre 1966 e 1968: 20 temas lançados em EPs e singles, acompanhados por uma raridade e um inédito e depoimentos de quatro dos muitos integrantes do grupo, Mário Assis Ferreira, Adrien Ransy, Daniel Gouveia e José Manuel Fonseca, recolhidos pelo jornalista Luís Pinheiro de Almeida. Com três únicas excepções, este material nunca foi editado em CD!

Telectu - “Ctu Telectu”.

Este LP de 1982 foi o “pontapé de saída” para uma carreira de uma longevidade invejável no campo da música contemporânea, e um disco que passou despercebido à altura do seu lançamento. O primeiro trabalho do duo de música experimental de Jorge Lima Barreto e Vítor Rua (à altura ainda guitarrista dos GNR) contou com a colaboração do vocalista Dr. Puto e de Toli César Machado, também dos GNR, e incluia nove temas originais inspirados pelo escritor de ficção científica Philip K. Dick.



“Ctu Telectu” nunca voltou a ser reeditado nos 25 anos desde o lançamento original e vê aqui a primeira edição em CD, acompanhada por um depoimento de Jorge Lima Barreto e Vítor Rua recolhido pelo crítico Rui Eduardo Paes.

UHF - “Os Anos Valentim de Carvalho”.


Também aqui não se trata de um álbum original, mas sim uma compilação que reúne, pela primeira vez em CD, a totalidade das gravações realizadas pelos UHF para a Valentim de Carvalho entre 1980 e 1982, dos quais apenas parte haviam visto edição em CD. No primeiro CD, o LP de 1981 “À Flor da Pele” surge acompanhado pelo single bónus oferecido com a primeira tiragem do disco, composto pelos temas “Quem Irá Beber Comigo (Desfigurado)” e “Noite Dentro”. No segundo CD, inclui-se, pela primeira vez em CD, o mini-LP de 1982 “Estou de Passagem”, acompanhado pelo single de 1980 “Cavalos de Corrida” e pelo seu lado B inédito em CD, “Palavras”, por “(Vivo) Na Fronteira” (lado B inédito em CD do single de 1981 “Rua do Carmo”) e, finalmente, por uma versão de “Cavalos de Corrida” nunca editada em formato nenhum.


A edição surge acompanhada de um depoimento de António Manuel Ribeiro recolhido pelo jornalista Rui Miguel Abreu.
Quatro novos discos resgatados Do Tempo do Vinil.
A 5 de Maio.

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