sábado, 30 de junho de 2007

R2 no Teatro Nacional de D.Maria II

R2
exercício a partir de Ricardo II
de William Shakespeare

SALA EXPERIMENTAL
JUL 04 – JUL 08
4ª a DOM. 19H00


"O teatro é uma prática política."
Nuno Cardoso, a propósito de R2*

O Teatro Nacional D. Maria II apresenta, entre 4 e 8 de Julho, R2 um exercício a partir de Ricardo II de William Shakespeare.
Paralelamente à encenação do espectáculo Ricardo II, Nuno Cardoso desenvolveu um trabalho com jovens de bairros carenciados do Casal dos Machados, Zambujal e Cova da Moura, alguns dos quais trabalham regularmente com o Grupo de Teatro do Oprimido de Lisboa.
Em R2 O público é convidado a assistir ao resultado deste trabalho, em que os jovens recriam, à sua maneira, a história da queda de um mau governante.

R2 é uma fábula sobre o Poder e a Identidade: o mundo de reis e da corte de Ricardo II é transformado numa junta de freguesia, onde um presidente que governa mal é deposto, sem eleições, pelo seu primo.

Sobre o Teatro do Oprimido

O Teatro do Oprimido tem como objectivo transformar o espectador (ser passivo) em espect-actor (sujeito activo criador), foi concebido e desenvolvido pelo dramaturgo e encenador brasileiro Augusto Boal.
Em Lisboa, o Grupo de Teatro do Oprimido trabalha na Amadora e desenvolve trabalho teatral com população afro-portuguesa, abordando temas como a prevenção da sida, a gravidez precoce, a discriminação ou a violência doméstica.
Contacto: gtolisboa@sapo.pt

Sinopse R2

Riqui é presidente de uma Junta de Freguesia e é avisado pelo Tio João que o seu primo Bernas e o seu assistente pessoal Mauro estão em disputa e esperam Riqui para que este os oiça e aja como juiz.
Riqui recebe-os e Bernas explica que Mauro engravidou a sua namorada e rouba dinheiro à Junta, acusações estas que Mauro nega.
Riqui tenta obrigá-los a fazer as pazes mas, não consegue e é marcado um combate no ginásio. Mais tarde será revelado que foi Riqui quem engravidou a namorada de Bernas.
Incapaz de julgar a disputa, Riqui interrompe o combate e, em nome da boa convivência, manda Bernas afastar-se por seis anos e Mauro, para sempre, da freguesia.
Resolvido o problema, Riqui resolve ir de férias prolongadas para o Brasil.
O tio João, pai de Bernas, morre e Riqui usa o dinheiro do tio morto para fazer a viagem, deixando para trás a sua mulher e delegando a manutenção da freguesia à sua tia Joaquina.
Esta reacção revolta os populares que acusam Riqui de estar a roubar dinheiro à Junta para fins pessoais e, sobretudo, os maridos traídos por Riqui e pelas suas esposas.
Sabendo disto, Bernas regressa passados poucos meses, sob a desculpa de querer a sua herança e apodera-se da Junta, despedindo a antiga administração de Riqui, excepto a tia Joaquina, que o apoia.
Quando Riqui volta das férias, rapidamente percebe que perdeu a Junta e é forçado a passá-la a Bernas.
Bernas toma a presidência da Junta e manda Riqui para uma prisão, onde será assassinado.

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