Obras de Robert de Niro em Portugal
Obras de Robert de Niro, Sr. em Portugal
Esta é a primeira vez que Portugal recebe um conjunto de trabalhos representativos da obra deste autor.
Robert de Niro, Sr. nasceu em Siracusa (estado de Nova Iorque) no dia 3 de Maio de 1922 e faleceu em 1993, no dia do seu 71º aniversário. Aluno de Joseph Albers e Hans Hofmann, foi este último que mais o cativou.
Na Hans Hofmann School of Fine Arts, o jovem artista recolheu influências que o levaram a seguir o caminho do expressionismo e conheceu também Virginia Admiral, pintora de grande talento com quem viria a casar.
Dessa união nasceu um único filho, que foi registado com o mesmo nome do pai: Robert De Niro.
Robert de Niro, Sr. apresentou a sua primeira exposição individual em 1946, na Art of This Century Gallery, espaço dominado pela mítica Peggy Guggenheim.
Nesse ano, foi considerado pela crítica como uma promessa na sua geração, tendo alcançado o sucesso poucos anos depois, em galerias de primeiro plano.
Estabeleceu diálogos artísticos com Cézanne, Matisse e Bonnard e encontrou referências em Mantegna, Rembrandt, Corot, Ingres e Delacroix.
A singularidade da sua obra expressa-se através de um olhar atento sobre a história da arte, da qual era um profundo conhecedor.
Segundo Maria Nobre Franco, Comissária desta exposição, “Robert de Niro, Sr. pintou sobre a pintura.
O mais importante no seu trabalho era o gesto, o vigor e a espontaneidade. Num impulso, decidia-se pela pincelada larga ou pelo uso da espátula.
O traço e a cor solar eram trabalhados num processo de acumulação de estratos e num apagar constante com um pano embebido em terebintina.
Essas marcas e transparências são, aliás, visíveis na tela.
Num estilo inimitável, Robert de Niro Sr. partilhava a paleta da Escola de Paris e a pintura gestual da Escola de Nova Iorque”.
O testemunho de Virginia Admiral diz-nos ainda que “para Robert, o acto de pintar era algo de físico”.
A personalidade do artista afirmou-se também em textos sobre arte, na poesia e no seu trabalho como professor.
A personalidade do artista afirmou-se também em textos sobre arte, na poesia e no seu trabalho como professor.
Viveu alguns anos em França e, mais tarde, mudou-se para São Francisco. Em 1979, refugiou-se no seu atelier no Soho, em Nova Iorque, rodeado de autores como Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Tennessee Williams, Anaïs Nin e Henry Miller.
Um solitário para quem a arte era, obsessivamente, a razão de ser.
É a descoberta desta fascinante personalidade que o Lisbon Village Festival propõe ao público português.
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