quarta-feira, 6 de junho de 2007

Conferência na Faculdade de BelasArtes



“Cartografia do Contemporâneo. A arte contemporânea entre decadência, inovação e homonímia” – Conferência de Federico Ferrari, Professor na Academia de Belas-Artes de Carrara, Itália, no Auditório da Faculdade de Belas-Artes no dia 11 de Junho, às 18.30 horas.





Por ocasião da visita do Prof. Federico Ferrari à Faculdade de Belas-Artes, no âmbito de um protocolo entre estas duas instituições, realizar-se-á esta conferência que terá o seu ponto alto no diálogo que se seguirá entre o Prof. Federico Ferrari e Nuno Faria, consultor do Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian, e que tem desenvolvido uma reflexão e uma prática raras em torno do sentido e das condições actuais de exposição de obras de arte.
A conferência e o diálogo têm como mote a reflexão do professor italiano sobre o “espaço da exposição” – reflexão entretanto publicada em livro Lo spazio critico (Roma, Luca Sossella editore, 2004) e prolongada no recente volume colectivo que dirigiu com o título Del contemporâneo. Saggi su arte e tempo (Milão, Bruno Mondatori, 2007) e do qual apresentamos um pequeno texto:
“A quem, como eu, que trabalha no campo do ensino – nessas estranhas instituições que, de acordo com uma designação ministerial, se denominam Institutos de Alta Formação Artística e que estão hoje, após reformas há muito esperadas, à procura de uma nova identidade – acontece encontrar-me, segundo a sensibilidade e a honestidade intelectual, de um modo ocasional ou repetido, num embaraço profundo para indicar aos próprios estudantes uma estrela polar que os oriente no panorama daquilo a que se tem vindo a chamar, habitualmente e irreflectidamente, arte contemporânea.

Bem vistas as coisas, de facto, não há nada de mais desorientador na paisagem que se abre diante dos olhos de quem, profissionalmente ou de um modo amador, se confronta com o mundo da arte.

Obviamente, esta desorientação deveria agudizar-se onde a arte estaria a “formar-se”, onde deveria existir um laboratório em efervescência, extremamente sensível a cada mínima alteração, a cada inquietação, suspensão ou novidade.
Este lugar, pelo menos em Itália, chama-se ainda Academia de Belas-Artes.”

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