domingo, 24 de junho de 2007

Apresentação de "Nabogador" na Câmara da Póvoa do Varzim



“Um escritor que nos acompanha desde sempre na aventura literária aqui na Póvoa, é já também um cidadão poveiro apesar de ser um cidadão do mundo”, foi deste modo que o vereador do Pelouro da Cultura, Luís Diamantino, se referiu a Onésimo Teotónio de Almeida.

O escritor esteve ontem pela nona vez na nossa cidade para a apresentação do seu mais recente livro de crónicas, "Aventuras de um Nabogador & outras estórias-em-sanduíche", na Biblioteca Municipal.

Onésimo não pode deixar de recordar o Auditório da Biblioteca como o lugar “onde se deu a sessão de encerramento da primeira edição das Correntes d’Escritas”, evento literário em que o escritor marca presença desde o início.
O Catedrático Arnaldo Saraiva apresentou a obra do seu amigo como algo muito próprio que ele se atreveu a designar como um típico estilo “onesimiano”.

"Aventuras de um Nabogador & outras estórias-em-sanduíche" é um conjunto de textos exemplares que falam de encontros e desencontros culturais, sexuais, em viagem, com os outros e consigo mesmo”.

A referência a viagens é outro dos ingredientes que caracteriza esta obra que nos oferece duas originalidades presentes no título, o neologismo Nabogador e a metáfora do pão “estórias-em-sanduíche”.
“Onésimo é um homem que se multiplica em actividades, é professor de Filosofia, é escritor, colabora em jornais, é um crítico da nossa realidade bem humorado, é um bom companheiro e o seu livro uma excelente companhia”, continuou o professor numa profunda navegação pelas diferentes tipologias textuais (relatos; memórias; anedotas; histórias) que se entrecruzam no livro e poderiam designar-se como “Crónica de Onésimo”. O escritor açoriano é “um homem em permanente efervescência; é sobretudo um homem de duas margens, da Europa e da América, um homem de trânsito permanente que se reparte por diferentes tipos de textos, textos que dão conta do comunicador extraordinário que é”, acrescentou Arnaldo Saraiva.

A afabilidade e humor de Onésimo “ensanduicharam” o público que manifestou um apetite incontrolável em deliciar-se com este novo livro de crónicas, que resulta do “incontrolável prazer de as contar” do escritor.


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