segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Estreias nacionais no Queer Lisboa


Clandestinos estreia Hoje pelas 22h00, no Cinema São Jorge, no âmbito do Queer Lisboa 12 - Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa. Realizada pelo espanhol Antonio Hens que estará presente durante a sessão, esta longa-metragem conta-nos a história de Xabi, jovem que passou a infância e a adolescência em reformatórios e que numa das suas fugas conhece Iñaki, um terrorista da ETA de meia-idade, seu futuro professor, mentor…


Sobre Antonio Hens: Nasceu em Córdova (Espanha) em 1969. Estudou Filologia Inglesa na Universidade de Granada e Cinema na E.C.A.M. Trabalha frequentemente como realizador para séries de televisão e os seus trabalhos para cinema circunscrevem-se à escrita de argumentos e curtas-metragens. Destacam-se a escrita de Los novios búlgaros (do realizador Eloy de la Iglesia) e a realização de Malas Compañías (chegou a ser a curta-metragem mais premiada desse ano e foi galardoada como a melhor curta-metragem espanhola da década, pelo Canal Plus espanhol). Quanto a Clandestinos arrecadou o Prémio para Melhor Actor (Israel Rodríguez) no Festival de Cinema GLBT de Madrid, em 2007.

Outra das estreias é Claudette de Sylvie Cachin, também presente na sessão, que irá decorrer pelas 21h30, na sala 3. O documentário em competição centra-se na personagem uma sessentona entusiástica que trabalha como prostituta e com orgulho. Nascida hermafrodita, casada, e avó de uma família feliz, vive a sua vida ambivalente com desenvoltura numa idade em que deveria supostamente arrumar as ligas.

Sobre Sylvie Cachin: Estudou Literatura em Roma, Paris e Lausanne. Trabalha como realizadora, produtora, montadora e operadora de câmara. Dirigiu diversas curtas-metragens e documentários.

Destaca-se, ainda, na programação de segunda-feira, a abertura do ciclo Queer TV com La Nudité toute Nue do francês Olivier Nicklaus (sala 3, 17h15) - documentário sério mas com sentido de humor, que revela os factos sem artifícios do nu contemporâneo, desde as suas manifestações performativas e transgressivas (internet, striptease, pornografia, streaking, etc.) até à sua expressão mais interior quase espiritual (formas terapêuticas como o naturismo, o yoga, as caminhadas nuas).


Por fim, a não perder o documentário também competição, Bi the Way , de Brittany Blockman e Josephine Decker (sala 3, 19h15) que discorre sobre a desintegração da cortina de ferro entre gays e heterossexuais, baseando-se em estudos recentes que sugerem a generalização da bissexualidade.










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