domingo, 15 de abril de 2007

Rommy Halifax e os seus blues


Dotado de uma voz que nos transporta através de décadas, Rommy Halifax é já um nome sonante no mundo do Jazz e do Blues.

«Bem-vindos à minha casa», gosta de dizer quando entra em palco.

Tanto nos grandes festivais de Jazz por onde passou, como sob a nuvem de fumo de bares mais intimistas, são os aromas da vida boémia e cosmopolita que tocam no íntimo deste “crooner” de nacionalidade holandesa.
Não gosta de comparações, mas não esconde a influência de Frank Sinatra.

Além de ser um entertainer nato, partilha com Sinatra aquilo que gosta de chamar «um modo de estar especial, em palco e na vida»: não raras vezes, faz-se acompanhar, para além da sua orquestra, de um cigarro e copo de Scotch – nunca com menos de 20 anos.

Espera que a audiência faça o mesmo, e se aproxime.

Tal como fazem os amigos, em sua casa.
O repertório de Rommy Halifax, tal como o whiskey, só podia ser “Vintage”.

É justamente daí que toma nome o seu primeiro álbum a solo, que encontra em Portugal o primeiro destino internacional depois do lançamento na Holanda.
“Vintage” foi gravado com uma banda de seis elementos, recuperando clássicos como “My Funny Valentine”, “It Had To Be You” ou ainda “A House is not a House”.

Os arranjos são repartidos entre Frits Landesbergen e Erik van der Luijt, mas Rommy Halifax intervém também nesta área, assinando as roupagens instrumentais de outro clássico: “Night and Day”, de Cole Porter.
Disco de memórias vivas, reinterpretadas ao estilo único de Rommy Halifax e a sua Fabulous Orchestra, “Vintage” será lançado no próximo dia 9 de Abril.

Tem o selo da holandesa Footloose, é licenciado e distribuído pela Elec3city Music e conta com o apoio da Rádio Europa Lisboa.
A opção de fazer o primeiro lançamento internacional do álbum em Portugal derivou da atmosfera única, que, segundo o cantor, existe no nosso país: «Portugal é provavelmente o único em toda a União Europeia onde os aromas antigos ainda existem nas ruas…

Pode-se fumar em quase todo o lado, as pessoas vivem a vida e mantêm a sua identidade.

Sinto-me em casa em Portugal, faz-me lembrar os tempos da minha juventude».

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