Um conto americano estreia no D.Maria II
UM CONTO AMERICANO
The Water Engine de DAVID MAMET
ESTREIA A 6 DE MAIO NA SALA GARRETT
tradução da peça radiofónica LUÍS MOURÃO
tradução do guião de cinema do filme de Steven Schachter ANA SILVEIRA PEDRO FREIRE encenação e dramaturgia MARIA EMÍLIA CORREIA
cenografia NUNO GABRIEL DE MELLO
adereços ILDEBERTO GAMA
figurinos atelier MARIA GONZAGA
selecção musical MARIA EMÍLIA CORREIA com colaboração RUI VIEIRA NERY
desenho de luz JOSÉ CARLOS NASCIMENTO
assistência de encenação PAULO SILVEIRA
com AUGUSTO PORTELA Gross, Timoneiro
CARLOS COSTA Capataz, Sally Rand, Polícia 2, Popular
CLÁUDIA OLIVEIRA Mulher com Bebé, Chinesa, Senhora de Chapéu, Popular
EURICO LOPES Operário, Inventor, Orador, Popular
FRANCISCO BRÁS Inventor, Transeunte, Moderador, Barcker, Popular
HORÁCIO MANUEL Wallace, Popular
INÊS NOGUEIRA Cantora, Rapariga com carta, Popular
LOURDES NORBERTO Senhora Varec, Senhora de Chapéu
LUÍS GASPAR Charles Lang, Operário
MANÉ RIBEIRO Secretária de Gross, Senhora de Chapéu
JOÃO PEDREIRO Operário, Gangster, Popular
MANUEL COELHO Inventor, Vagabundo, Veterano, Gangster, 1º Polícia
MARIA EMÍLIA CORREIA Oradora, Mulher, Transeunte, Popular
MÁRIO JACQUES Laurence Oberman
PAULA MORA Secretária de David Murray
PAULA NEVES Rita Lang, Popular
PAULO SILVEIRA Operário, Amolador, Popular, Bombeiro
PEDRO CARVALHO Bernie, Popular
RUI QUINTAS David Murray, Popular
SÓNIA NEVES Mulher do Clube de Jazz, Senhora de Chapéu, Populare
ANDREA SOZZI ARMANDO VALLE QUARESMA AYMEN MOUSSA LÍDIA VALLE QUARESMA MANUELA JORGE RUI MOREIRA adereços
ILDEBERTO GAMA VERA DIAS STTIGA LUIS FILIPE PEREIRAserralharia
LEONEL & BICHOselecção e coordenação de guarda-roupa
RUI MOREIRAsonoplastia e edição de som
HUGO DE SOUSA ANÍBAL CABRITA SÉRGIO HENRIQUESdirecção de cena
MANUEL GUICHOassistentes direcção de cena
CARLOS FREITAS PAULA LOURENÇOponto
JOÃO COELHOoperação de som
SÉRGIO HENRIQUES operação de luz
PEDRO ALVES JOSÉ NUNO (apoio)operação de vídeo
ANDRÉ TERESINHAtécnicos de palco
ALEXANDRE SÁ-CHAVES FRANCISCO GARCIA NUNO MODESTOmaquinaria
PAULO BRITO RUI CARVALHEIRA NUNO COSTAauxiliares de camarim
PAULA MIRANDA RAQUEL BELLI
Sinopse
Um jovem inventor concebe um motor que funciona apenas a água e julga, assim, ter encontrado o caminho para a fama e fortuna.
Nos seus sonhos imagina-se a viver numa herdade, longe da urbe industrial, feliz, na companhia da irmã.
Mas as suas expectativas vão ser goradas pela poderosa máquina das grandes empresas, que cobiçam a patente de um invento tão rentável.
A peça, cuja escrita remonta ao início de carreira de David Mamet – escritor, dramaturgo, argumentista e realizador norte-americano conhecido por construir intrigas complexas de cariz policial e diálogos cortantes – coloca-nos perante temas tão pertinentes quanto os do rápido desgaste dos recursos naturais do Planeta e o da urgência de apostarmos nas energias renováveis.
Dá-nos ainda a oportunidade de reflectir sobre os interesses económicos que tantas vezes travam o avanço da ciência, em benefício de alguns.
BIOGRAFIA DE DAVID MAMET
Uma das características distintivas do estilo de David Mamet é o seu diálogo leve e breve. Apesar das reminiscências de alguns dramaturgos como Harold Pinter e Samuel Beckett, o diálogo de Mamet é tão único que ficou conhecido como “o discurso mametiano”.
A sua linguagem não é demasiado “naturalista”, assim como se pode considerar uma impressão “poética” da gíria.
No campo do entretenimento, David Alen Mamet é sobejamente conhecido e respeitado pelo seu trabalho, não apenas como realizador, mas também como dramaturgo e autor.
David Alen Mamet nasceu numa família judia em Flossmoor, Illinois, a 30 de Novembro de 1947.
Foi educado no colégio Francis W. Parker Scholl e nas faculdades Goddard College e a Yale Drama School, ambos baseados em teorias libertárias de educação, principalmente derivadas das ideias de John Dewey.
Foi membro fundador da Atlantic Theatre Company, em Nova Iorque, e destacou-se inicialmente com três peças fora do circuito Broadway: “Sexual Perversity in Chicago” (1974), “Duck Variations” (1972) e “American Buffalo” (1975), onde se destacam as personagens masculinas e a construção de uma tensão dramática característica dos três textos.
A “The Woods” (1977) e “Edmond” (1982) seguiram-se duas peças de sucesso: “Glengarry Glen Ross” (1983), uma representação das práticas de negócios americanas, que lhe valeu o Prémio Pulitzer, e “Speed-the-Plow” (1988), um olhar sobre os bastidores da indústria do cinema.
Para além do seu trabalho como dramaturgo, escreveu vários guiões para serem dirigidos por ele próprio (“House of Games / Jogo Fatal” (1987), “Things Change / As Coisas Mudam” (1988), “Homicide / Brigada de Homicídios” (1991), “Oleanna” (1994) ou o recente “Redbelt” (2008)), bem como para outros realizadores (“The Postman Always Rings Twice / O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes” (1981), realizado por Bob Rafaelson, “The Veredict / O Veredicto” (1982), realizado por Sidney Lumet e indicado para o Óscar de Melhor Roteiro Adaptado, ou “The Untouchables / Os Intocáveis” (1987), realizado por Brian De Palma).
Mamet começou a escrever para o grande ecrã, em 1981, uma versão de “The Postman Always Rings Twice / O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes”, baseado no romance de James M. Cain.
O seu guião enfatizou a violência e a sexualidade do texto, algo impossível de acontecer no original de 1974.
Em 1987, Mamet conheceu o seu primeiro verdadeiro sucesso como um guionista com “The Untouchables / Os Intocáveis”, realizado por Brian De Palma.
Nesse mesmo ano, recebeu os elogios da crítica pela sua estreia como director em “House of Games / Jogo Fatal”, um “thriller” com Lindsay Crouse como protagonista no papel de uma psicóloga apanhada nas malhas de um elaborado jogo de crime.
Depois de dirigir dois dos seus maiores sucessos (“Things Change / As Coisas Mudam” e “Homicide / Brigada de Homicídios”), Mamet regressou à escrita de argumentos para cinema, dirigindo o seu talento para filmes como “Hoffa / O Preço do Poder” (1992), “Vanya on 42nd Street” (1994) ou “American Buffalo” (1996).
O seu argumento para a sátira política de Barry Levinson, “Wag the Dogs / Manobras na Casa Branca”, foi nomeado para o Melhor Argumento dos Óscares e dos Globos de Ouro. Seguiram-se outros argumentos tão conhecidos como “Hannibal” (2001) ou “Edmond” (2005).
Como autor, Mamet tem também conhecido grandes sucessos, contando com cerca de quinze títulos publicados. Em 1999, publicou dois livros, “True and False”, um tratado exortativo aos jovens actores sobre os desafios da escolha da sua profissão, e um romance, “The Old Religion” (1997) que recupera os pensamentos de Leo Frank, o capataz da fábrica judia na Geórgia que, em 1915, foi executado pela violação e assassínio de uma das suas empregadas.
Escreveu vários textos não-ficcionais, bem como um livro de poemas (“The Hero Pony”, 1990) e histórias para crianças.
Em Julho de 2004, a Cambridge University Press publicou “The Cambridge Companion to David Mamet”, editado por Christopher Bigsby, que inclui ensaios que analisam a biografia de Mamet, o seu impacto ao longo de várias décadas e fragmentos de grande parte do seu trabalho.
Desde Maio de 2005, Mamet mantém um blog nas páginas do “The Huffington Post”.
Entre os vários prémios que recebeu, destaque para: Joseph Jefferson Award, 1974; Obie Award, 1976, 1983; New York Drama Critics Circle Award, 1977, 1984; Outer Circle Award, 1978; Society of West End Theatre Award, 1983; Pulitzer Prize, 1984; Dramatists Guild Hall-Warriner Award, 1984; American Academy Award, 1986; Tony Award, 1987.
MARIA EMÍLIA CORREIA
Aos dezassete anos integra o elenco do Teatro Experimental do Porto. Fez parte do Rádio Escola e Tele-Escola, do Grupo de Teatro dos Estudantes do Instituto Comercial do Porto e do Teatro Universitário do Porto.
Em 1972, vem para Lisboa trabalhar com Ribeirinho, no Teatro Villaret.
No mesmo ano é elemento co-fundador do grupo de teatro independente A Comuna - Teatro de Pesquisa (dirigido por João Mota e Carlos Paulo).
Em 74 esteve na origem do Teatro Hoje — Teatro da Graça, (dirigido por Gastão Cruz e Fiama Hasse Pais Brandão) e de Os Cómicos (dirigido por Ricardo Pais).
Representou ainda no Teatro da Cornucópia, Teatro Nacional D. Maria II, o Bando, Os Bonecreiros, Casa da Comédia, Teatro Seiva-Troupe, Teatro da Trindade, Seiva Trupe, Teatro da Malaposta, Teatro Experimental de Cascais, Teatro S. João do Porto, Teatro Aberto, Teatro da Luz, Centro de Arte Moderna (F.C. Gulbenkian), Centro Cultural de Belém e outros.
Foi intérprete de: Garcia Lorca, Buchner, Rezvani, William Shakespeare, Miguel Mihura, Beckett, Molière, Odon Von Orvath, Rafael Aberti, August Stringberg, Noel Coward, Karl Sternheim, Michel Deutsh, Miguel Falabella, Friedrich Dürrenmatt, Peter Hacks, Clarice Lispector, William Burroughs, Matei Visniec, Luisa Neto Jorge, Rui Cardoso Martins, Eduarda Dionísio, Bocage, Mário de Carvalho, Maria Velho da Costa, Mário Cesariny, Gil Vicente, entre outros.
Encenou peças como: “O Avião de Tróia”, de Luíza Neto Jorge; “O Gato que chove”, de Mário Cesariny; “Girassóis – Crime”, de Mário Cesariny; “Desejos”, de Luís de Camões; “Divisão B”, de Rui Cardoso Martins; “Vinha D’alhos”, de Maria Velho da Costa; “Sopa Chinesa”, de Almeida Garrett; “Alfaias”, de José Saramago; “O Impasse”, de Luis Mourão; “Auto da Cananea”, de Gil Vicente; “Tina Modotti”, de Eduarda Dionísio; “A Maçã no Escuro”, de Clarice Lispector; “Fantasmas”, de Jacques Prévert; “Menino ao Colo”, de Armando Silva Carvalho; “Menina e Moça”, de Bernardim Ribeiro; “Serviço de Amores”, de Gil Vicente; “(V)irótika”, de William Burroughs; “Respirações de Inês”, de Garcia de Resende; “Sete dias na vida de Simão Labrosse”, de Carole Frechette, “Cartas de Olinda e Alzira”, de Bocage, “As Bodas de Fígaro”, Ópera de Mozart; “Via Verde”, de Jorge de Sena; Festival Internacional de Artes de Rua (Palmela). Participou em várias actividades de poesia dita: Gravação de um CD – “Poemas de Luíza Neto Jorge”, direcção de Fernando Cabral Martins e em recitais dirigidos por Gastão Cruz: “Em certo reino à esquina do planeta”; “Corpos ou coisas”; “Coração do Dia”; “O Grito Claro”; “O amor em visita”; “Boca bilingue”; “A palavra do dia”.
De 72 a 93 realizou trabalho jornalístico de âmbito cultural (Repúlica, Diário de Lisboa, Contraste, Rádio Renascença, RDP-Antena 1 e Antena 2).
Teve diversas nomeações como melhor actriz, personalidade teatral do ano, prémio de mérito de encenação da Associação de Críticos Portugueses, pelo espectáculo “Serviço de Amores”. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e Goethe-Institut.
Representou em Espanha, França, Itália e Alemanha.
Faz cinema e televisão.
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