Humberto Delgado na Barraca
"Obviamente demito-o", é a peça que estreou na passada quarta feira na Barraca.
A peça escrita e encenada por Hélder Costa, a partir da célebre frase proferida por Humberto Delgado durante a campanha para as presidenciais de 1958.
"Esta foi talvez a frase mais importante do século XX português", "É uma frase teatral absolutamente extraordinária, pelo seu poder de síntese e por ter sido dita no momento e no local oportunos", disse Hélder Costa ao classificar a peça.
Cinquenta anos passados sobre a campanha eleitoral em que o general Humberto Delgado desafiou Salazar, o encenador considerou que este seria o "momento oportuno" para apresentar a peça.
"Este espectáculo quer demonstrar que o conflito existente entre o ditador Salazar e o general Delgado se resume em linhas gerais à contradição inconciliável entre a procura da felicidade e prazer na vida, ou a ideologia do sacrifício, do pecado e do martírio", escreveu.
Um texto claro, elucidativo, histórico.
Uma interpretação, de Sérgio Moura Afonso, muitissimo boa e cuidada. Já quanto a João D'Ávila não se pode dizer o mesmo, uma vez que na ante estreia ainda não sabia o papel e baralhava as marcações.
Em palco os vários personagens darão uma ideia da situação que se vivia entre 1958 e 1965, ano em que Delgado seria assassinado.
Logo no início da peça ouve-se a frase de Delgado divulgada pela rádio.
A personagem de Humberto Delgado é interpretada por João d`Ávila, Maria do Céu Guerra faz dois papéis, Sra. Maria e Cerejeira, e o actor Sérgio Moura Afonso será Salazar, num elenco com sete outros actores que interpretam múltiplos papéis.
Logo no início da peça ouve-se a frase de Delgado divulgada pela rádio.
A personagem de Humberto Delgado é interpretada por João d`Ávila, Maria do Céu Guerra faz dois papéis, Sra. Maria e Cerejeira, e o actor Sérgio Moura Afonso será Salazar, num elenco com sete outros actores que interpretam múltiplos papéis.
O hardmusica.com recomenda esta peça pelo seu teor cultural e histórico.
O espectáculo vai estar em cena até 15 de Junho no Teatro Cinearte, em Lisboa.
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